quinta-feira, 19 de outubro de 2006

tempo

acho que o pior de tudo não é se arrepender de ter feito algo, é se arrepender da maneira como algo foi feito. ficar pensando em como seria bom se o tempo voltasse um pouco, e você pudesse fazer aquela coisinha que deixou de fazer, dizer aquilo que devia ter dito, prestar mais atenção naquilo que estava tão óbvio, e ser um pouco mais cética. quando uma pessoa cética o deixa de ser por um momento, pode acreditar, isso será um problema. se ela fosse sempre sentimental e impulsiva, não, isso seria bom. mas em doses isoladas é um problema.

ah, mas pior ainda é nem conseguir localizar o erro. e ficar desconfiando de tudo, e se perguntando o que poderia ter sido diferente, e nunca, nunca descobrir. morrer com a dúvida, mas tentar engoli-la pra ir vivendo...

terça-feira, 17 de outubro de 2006

eu sempre espero as coisas erradas e faço as coisas nas horas erradas e estrago meus momentos de concentração para trocá-los por dores no peito.

pra quê eu gostaria de atenção?

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

hoje

hoje é hoje e eu vou estudar realimentados.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

chatices

já que isso aqui virou o meu reclamatório oficial, lá vai...

me ensinem a ser irresponsável. me ensinem a passar minhas responsabilidades pros outros, e me ensinem a não me preocupar com elas. me ensinem que faculdade não é prioridade e me falem que eu sou uma boba por deixar meus projetos na minha cabeça e gastar meu tempo livre me preocupando com responsabilidades da faculdade, minhas e dos outros, enquanto poderia estar botando minhas idéias em prática.

hoje eu estou com dor de cabeça, dor nas costas, dor no pescoço, uma noite dormida pela metade, uma perspectiva de outra também pela metade, cansada, e cheia de trabalhos pra terminar. e muito crente que o meu tempo livre (e o meu tempo ocupada, porque, ops, acho que eu não tenho tanto tempo livre assim) deve realmente valer menos que o dos outros.

sábado, 7 de outubro de 2006

gatos

hoje, na vitrine de bichinhos fofinhos do angeloni, pra minha mãe:

"olha aquele gato de brinquedo, é tão parecido com um de verdade!"

e de repente, o gato sacode a orelha, levanta e começa a se lamber. e o meu queixo quase foi ao chão porque eu tinha certeza que ele era de brinquedo, porque ele estava junto com os brinquedos, ora!

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

...

tem dias em que nem eu me agüento e consigo ir do topo ao fundo em dois segundos e tudo parece que está ótimo até que tudo pareça que está muito ruim e tudo poderia ser diferente e eu poderia simplesmente aceitar os fatos da vida e poderia achar o botão de desligar a minha cabeça e eu sei que assim ia ficar melhor e eu não precisava chorar em filmes idiotas e não precisava precisar de ser reparada mas ser invisível de vez em quando era tudo o que eu queria e tudo poderia não parecer tão difícil pra mim e enfim acho que eu precisava ir dormir e rezar pra me consertarem durante o sono

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

simplicidade

porque as coisas da vida têm que ser simples:

bool nun = false;
if(nun == false){
nun=nun;
}else{
nun=false;
}

(hauhauha
na verdade é porque eu estou rindo um monte e não quero fazer barulho =P)

eu preciso de um lazer, definitivamente.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

fake

por que raios é tão difícil de achar um sutiã 40 - bonito - que seja só um sutiã? que não venha com peitos falsos de espuma grudados? quem disse que eu quero peitos falsos de espuma dentro do MEU sutiã? diabos.

chocolate

foi-se o tempo em que as minhas lombrigas lombriguentas por chocolate contentavam-se com apenas uns 3 ou 4 quadradinhos de uma barra grande. acabei de botar meia barra pra dentro, o que significam 10 quadradinhos... e o resto só foi guardado por bom senso! chocolate amargo, porque não tem leite (requisições intestinais, sabe), mas ainda assim é chocolate!

o mar

na faculdade, no trabalho, só falam do vídeo da cicarelli fazendo sei lá o quê com o namorado no mar. sei lá o quê não, eu até que sei. quem parece que não sabe é esse bando de impressionados. todos os dias, tem um milhão de pessoas fazendo um milhão de coisas no mar. inclusive jogando oléo, matando baleias e etc. e, sinceramente, isso me preocupa bem mais, porque se tem uma coisa que não me preocupa mesmo é onde as pessoas estão se metendo (ops, desculpem!).

(desde, obviamente, que eu não tenha nada a ver com isso.)

terça-feira, 19 de setembro de 2006

madrugada

tem hora em que eu me sinto tão extremamente idiota.

e tem hora em que eu deveria estar dormindo pra me garantir algo mais que 4h e meia de sono!

(ah, sim, e eu tou bem, tou normal e tal, é só que pessoas nasceram com a capacidade de serem idiotas às vezes e eu exploro a minha muito bem!)

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

haha.
deixa eu continuar rindo das minhas coincidências porque a vida é mesmo MUITO engraçada!

sábado, 9 de setembro de 2006

palitinhos

teve uma época em que eu vestia calças 38. com meus 48 quilinhos, dava pra encher as pernas das roupas desse tamanho. aí tá. de uns tempos pra cá, as calças 38 começaram a ficar largas. ok, comecei a usar as 36, mas a balança sem se mexeu muito (1 quilo pra baixo, talvez), nada que me fizesse notar no espelho, mas as malditas calças insistiam em ficar largas. daí ontem eu fui toda feliz e saltitante comprar uma bermuda, porque o verão não demora, não suporto o calorão de calças, e vez ou outra vou ter que trocar as minhas adoradas sainhas pela garupa da moto do meu digníssimo namorado (ah, e não me perguntem porque estou adjetivando tudo hoje). catei umas 36 e fui pro vestiário: largas. tá, mas eu quero uma bermuda, entende? e como eu queria muito, apelei e fui dar uma voltinha na seção infantil, e peguei as maiorzinhas que tinha, tamanho 16. fui pro vestiário de novo... e se eu desse um pulinho com aquelas coisas, eu ficava sem roupa, porque elas me passariam pelos quadris e parariam no tornozelo... ok, eu já tava meio indignadinha, e peguei uma 14. já tava lá mesmo... e, hum, a 14 serviu. sim, serviu. eu fiquei uns 3 minutos no espelho procurando se não tinha algo errado, mas não tinha. eu tinha entrado naquela titiquinha mesmo.

e amanhã mesmo eu vou lavar a veroniqueta, encher os pneus dela, e voltar a perder o folêgo pra fazer ela subir morrinhos com a imensa variedade de uma marcha que ela me oferece. assim eu esvazio os pulmões, mas pelo menos encho as pernas.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

drummond

Não dá pra explicar nem parafrasear Drummond. Só citar. E dizer que ele junta as palavras de um jeito que eu juntaria, se eu soubesse como. Mas como não sei, uso as dele. Uso TODAS as dele, de todas as fases.

A Bruxa
- Carlos Drummond de Andrade

Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.

Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida a meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.

De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?

E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse nesse minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.

Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e calma.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?

Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me,
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.

Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidência
exalando-se de um homem.

domingo, 27 de agosto de 2006

pessoas

tem umas pessoas que REALMENTE deveriam saber o quanto eu gosto delas. e eu deveria REALMENTE saber demonstrar isso sem uma plaquinha de "adote-me" no pescoço.