segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

-----------momento introspectivo-----------

é, hoje em dia a gente não pode acreditar em nada do que vê mesmo.

--------fim do momento introspectivo-------

a felicidade vem em potinhos

hoje eu estou tão quase completamente realizada porque achei um pozinho mágico que faz danoninho, e funciona com leite de soja. esse é um dos meus maiores sonhos há uns dez anos ou mais (época em que as vaquinhas se revoltaram contra mim - ou eu me revoltei contra elas - ou melhor, eu me revoltei mesmo foi com minhas entranhas - ou elas comigo, sei lá). e o melhor é que essa maravilha pode ser encontrada em supermercados por R$1,50. tou quase fazendo propaganda de verdade, que quem sabe o brasil inteiro compra e eles não deixam de produzir nunca nunca nunca. mas, por via das dúvidas, acho que vou fazer um estoque.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

pé esquerdo

É tão bom quando mal passa das oito da manhã e seu dia já se encheu de coisinhas irritantes, não? É ótimo que comece a chover quando você está de bicicleta a caminho do trabalho. É ótimo que o fato de vc estar de bicicleta na chuva faça espirrar aquela água nojenta do asfalto nas suas roupas limpas, depois de um banho. É ótimo que, quando, ao chegar no trabalho, venha um funcionário burocrático que te manda deixar a bicicleta naquele bicicletário embaixo da árvore, aquela que todo dia presenteia sua magrela com cocôs de passarinho, ao invés de deixar ela em paz naquele canto que não atrapalha ninguém, e que é totalmente livre de presentinhos... Argumento do burocrata: "não tá vendo a placa: 'Proibido estacionar motos na calçada'? Então, bicicleta também." Deixo minha possante amiga no cocódromo, que é na calçada, e no qual tem, bem em cima, uma placa igual à que ele me apontou. Se minha bicicleta é igual moto, que se portasse como uma.
Ah, e também é ótimo quando você chega no trabalho e não tem internet, descobre que seu trabalho tá trancado por N motivos, que o programa que você deixou rodando como teste pra ver os resultados nessa manhã foi simplesmante fechado sem que salvassem nem o resultado, e tem que reclamar pro bloco de notas chato que não sabe nem dizer: você devia estar feliz, hoje não é dia 14?

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

vinho barato

será que um dia enjoam da gente? e, será que depois desse dia, o enjôo passa? ou continua por todos os outros depois?

domingo, 10 de dezembro de 2006

pieces

definition of inclusion: Logic, Mathematics. the relationship between two sets when the second is a subset of the first.

let´s face it. some things i will always live with, but will never learn how to deal with. like inclusion and this kind of stuff. the thing i wish the most is to be a subset of anything, but i never felt like it. never, never, and i'm so afraid of dying without knowing what it is like to be a part of something.

i wonder if the grass is really greener, 'cause i just think there's no grass, so anything would be greener.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

right now i'm all i don't want to be.

domingo, 3 de dezembro de 2006

preocupações

às vezes eu me sinto tão absurdamente idiota por me preocupar com coisas como quantas árvores são necessárias pra fazer aqueles panfletos de propaganda que as pessoas distribuem e quem recebe joga fora dois segundos depois, ou com a quantidade de embalagens que a gente leva direto das prateleiras do supermercado pro lixo, ou com as pessoas se cortando e costurando inteiras pra ficarem mais bonitas (?).

se não me afeta, por que eu deveria me preocupar, não é assim que devia ser?

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

erros

um erro é depender da responsabilidade dos outros para agir com responsabilidade sobre a própria vida. esse eu cometi.

outro erro é ser tão corajoso a ponto de achar que os problemas estão lá fora e muito, muito longe, e nunca vão chegar perto de você. esse cometeram por mim.
hoje eu queria poder pegar o PC da execução da minha vida, deslizar através do código que já foi executado, e ter a possibilidade de botar um breakpoint num determinado momento, pra ter uma nova chance de perceber as luzinhas vermelhas piscando, dar mais atenção àquele pensamento de "opa, isso aqui tá errado!", e fazer a coisa certa, ao invés de bagunçar tudo.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

nunca confiem em ninguém. nunca, em hipótese alguma. por mais que essa pessoa pareça confiável e incapaz de mentir pra você, nunca confie nela. nunca, certo? nunca.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

faz dias que estou com uma sensação ruim. e eu realmente odeio isso.

domingo, 22 de outubro de 2006

cães e afins

acho que um dos provérbios que eu mais gosto é aquele que diz que cão que ladra não morde. e eu ainda acrescento que, quanto mais alto ele late, menos ele morde. ele diz aos ventos que morde, faz cara de que morde, se veste como os que mordem, mas não morde mesmo.

em compensação, aqueles que mordem passam desapercebidos, ao lado de pessoas que nunca achariam que eles mordem, pois eles são tão quietinhos, os coitados. ah, mas eles mordem, e mordem forte. e já ouvi dizer que mordem bem. eles nunca, nunca, vão dizer que mordem. e na minha opinião, isso torna tudo mais interessante.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

tempo

acho que o pior de tudo não é se arrepender de ter feito algo, é se arrepender da maneira como algo foi feito. ficar pensando em como seria bom se o tempo voltasse um pouco, e você pudesse fazer aquela coisinha que deixou de fazer, dizer aquilo que devia ter dito, prestar mais atenção naquilo que estava tão óbvio, e ser um pouco mais cética. quando uma pessoa cética o deixa de ser por um momento, pode acreditar, isso será um problema. se ela fosse sempre sentimental e impulsiva, não, isso seria bom. mas em doses isoladas é um problema.

ah, mas pior ainda é nem conseguir localizar o erro. e ficar desconfiando de tudo, e se perguntando o que poderia ter sido diferente, e nunca, nunca descobrir. morrer com a dúvida, mas tentar engoli-la pra ir vivendo...

terça-feira, 17 de outubro de 2006

eu sempre espero as coisas erradas e faço as coisas nas horas erradas e estrago meus momentos de concentração para trocá-los por dores no peito.

pra quê eu gostaria de atenção?

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

hoje

hoje é hoje e eu vou estudar realimentados.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

chatices

já que isso aqui virou o meu reclamatório oficial, lá vai...

me ensinem a ser irresponsável. me ensinem a passar minhas responsabilidades pros outros, e me ensinem a não me preocupar com elas. me ensinem que faculdade não é prioridade e me falem que eu sou uma boba por deixar meus projetos na minha cabeça e gastar meu tempo livre me preocupando com responsabilidades da faculdade, minhas e dos outros, enquanto poderia estar botando minhas idéias em prática.

hoje eu estou com dor de cabeça, dor nas costas, dor no pescoço, uma noite dormida pela metade, uma perspectiva de outra também pela metade, cansada, e cheia de trabalhos pra terminar. e muito crente que o meu tempo livre (e o meu tempo ocupada, porque, ops, acho que eu não tenho tanto tempo livre assim) deve realmente valer menos que o dos outros.

sábado, 7 de outubro de 2006

gatos

hoje, na vitrine de bichinhos fofinhos do angeloni, pra minha mãe:

"olha aquele gato de brinquedo, é tão parecido com um de verdade!"

e de repente, o gato sacode a orelha, levanta e começa a se lamber. e o meu queixo quase foi ao chão porque eu tinha certeza que ele era de brinquedo, porque ele estava junto com os brinquedos, ora!

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

...

tem dias em que nem eu me agüento e consigo ir do topo ao fundo em dois segundos e tudo parece que está ótimo até que tudo pareça que está muito ruim e tudo poderia ser diferente e eu poderia simplesmente aceitar os fatos da vida e poderia achar o botão de desligar a minha cabeça e eu sei que assim ia ficar melhor e eu não precisava chorar em filmes idiotas e não precisava precisar de ser reparada mas ser invisível de vez em quando era tudo o que eu queria e tudo poderia não parecer tão difícil pra mim e enfim acho que eu precisava ir dormir e rezar pra me consertarem durante o sono

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

simplicidade

porque as coisas da vida têm que ser simples:

bool nun = false;
if(nun == false){
nun=nun;
}else{
nun=false;
}

(hauhauha
na verdade é porque eu estou rindo um monte e não quero fazer barulho =P)

eu preciso de um lazer, definitivamente.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

fake

por que raios é tão difícil de achar um sutiã 40 - bonito - que seja só um sutiã? que não venha com peitos falsos de espuma grudados? quem disse que eu quero peitos falsos de espuma dentro do MEU sutiã? diabos.

chocolate

foi-se o tempo em que as minhas lombrigas lombriguentas por chocolate contentavam-se com apenas uns 3 ou 4 quadradinhos de uma barra grande. acabei de botar meia barra pra dentro, o que significam 10 quadradinhos... e o resto só foi guardado por bom senso! chocolate amargo, porque não tem leite (requisições intestinais, sabe), mas ainda assim é chocolate!

o mar

na faculdade, no trabalho, só falam do vídeo da cicarelli fazendo sei lá o quê com o namorado no mar. sei lá o quê não, eu até que sei. quem parece que não sabe é esse bando de impressionados. todos os dias, tem um milhão de pessoas fazendo um milhão de coisas no mar. inclusive jogando oléo, matando baleias e etc. e, sinceramente, isso me preocupa bem mais, porque se tem uma coisa que não me preocupa mesmo é onde as pessoas estão se metendo (ops, desculpem!).

(desde, obviamente, que eu não tenha nada a ver com isso.)

terça-feira, 19 de setembro de 2006

madrugada

tem hora em que eu me sinto tão extremamente idiota.

e tem hora em que eu deveria estar dormindo pra me garantir algo mais que 4h e meia de sono!

(ah, sim, e eu tou bem, tou normal e tal, é só que pessoas nasceram com a capacidade de serem idiotas às vezes e eu exploro a minha muito bem!)

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

haha.
deixa eu continuar rindo das minhas coincidências porque a vida é mesmo MUITO engraçada!

sábado, 9 de setembro de 2006

palitinhos

teve uma época em que eu vestia calças 38. com meus 48 quilinhos, dava pra encher as pernas das roupas desse tamanho. aí tá. de uns tempos pra cá, as calças 38 começaram a ficar largas. ok, comecei a usar as 36, mas a balança sem se mexeu muito (1 quilo pra baixo, talvez), nada que me fizesse notar no espelho, mas as malditas calças insistiam em ficar largas. daí ontem eu fui toda feliz e saltitante comprar uma bermuda, porque o verão não demora, não suporto o calorão de calças, e vez ou outra vou ter que trocar as minhas adoradas sainhas pela garupa da moto do meu digníssimo namorado (ah, e não me perguntem porque estou adjetivando tudo hoje). catei umas 36 e fui pro vestiário: largas. tá, mas eu quero uma bermuda, entende? e como eu queria muito, apelei e fui dar uma voltinha na seção infantil, e peguei as maiorzinhas que tinha, tamanho 16. fui pro vestiário de novo... e se eu desse um pulinho com aquelas coisas, eu ficava sem roupa, porque elas me passariam pelos quadris e parariam no tornozelo... ok, eu já tava meio indignadinha, e peguei uma 14. já tava lá mesmo... e, hum, a 14 serviu. sim, serviu. eu fiquei uns 3 minutos no espelho procurando se não tinha algo errado, mas não tinha. eu tinha entrado naquela titiquinha mesmo.

e amanhã mesmo eu vou lavar a veroniqueta, encher os pneus dela, e voltar a perder o folêgo pra fazer ela subir morrinhos com a imensa variedade de uma marcha que ela me oferece. assim eu esvazio os pulmões, mas pelo menos encho as pernas.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

drummond

Não dá pra explicar nem parafrasear Drummond. Só citar. E dizer que ele junta as palavras de um jeito que eu juntaria, se eu soubesse como. Mas como não sei, uso as dele. Uso TODAS as dele, de todas as fases.

A Bruxa
- Carlos Drummond de Andrade

Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.

Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida a meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.

De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?

E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse nesse minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.

Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e calma.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?

Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me,
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.

Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidência
exalando-se de um homem.

domingo, 27 de agosto de 2006

pessoas

tem umas pessoas que REALMENTE deveriam saber o quanto eu gosto delas. e eu deveria REALMENTE saber demonstrar isso sem uma plaquinha de "adote-me" no pescoço.

milhãozinho

ê, goiás. meu goiazinho com sua política encardidinha assim como os muros encardidos com nossa terra vermelha. um milhão? tenho certeza que isso é só o petisco. peixe pequeno. cer-te-za. os peixes grandes costumam ganhar as eleições.

singularidades

o que a wikipedia diz:

"Like most primates, humans are by nature social. However, humans are particularly adept at utilizing systems of communication for self-expression and the exchange of ideas."

o que eu digo:

eu preferia trocar minhas idéias com outros humanos e não com um blog estúpido.

sábado, 26 de agosto de 2006

even

and sometimes i just wish i wasn´t.

odd

sometimes i feel so so so odd.
é sempre engraçado perceber como algumas coisas em mim mudaram tanto em tão pouco tempo. e mais engraçado ainda perceber que umas não mudaram nada. é só eu ter a cabeça desocupada um pouquinho e recomeçam as discussões filosóficas comigo mesma, volta a vontade de dar uma mordidona e mastigar cada pedacinho dos livros que eu leio, de falar sem parar sobre assuntos pelos quais ninguém se interessa. é, é, acho que essa sou eu. mesmo depois de tanta coisa.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

terça-feira

tô meio chateda.
sei lá, eu tô.
porque eu tenho as minhas malditas prioridades.
saquinho.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

férias

das aproximadamente 4h que fiquei em casa à toa, 4h foram na internet. céus, essa inutilidade já tá me estressando.

acho que vou ali pensar em fazer o trabalho que eu tenho que entregar só no semestre que vem. ou quem sabe eu vá dormir. ou, quem sabe ainda, eu vá terminar de ler "a vida, o universo e tudo mais", que progrediu uma palavra por dia desde as últimas férias.

férias... ah, é mesmo. nas férias a gente tem que aproveitar pra fazer nada, né. tinha me esquecido.

sábado, 19 de agosto de 2006

vinhos

é um miolo seleção com a mãe, e não um concha y toro carmenère com o namorado.
mas digamos que já está de bom tamanho pra um sábado. ainda mais quando estou naquele momento em que o álcool te faz perceber que qualquer coisa pode ser boa.

mas não, não, acho que não é o álcool, não. é que elas podem ser boas mesmo.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

livros

"Theory: when you have ideas.
Ideology: when ideas have you."

Anonymous

Veio escrito no livro de Estatística que eu peguei da biblioteca pra estudar.
Falando em livros, alguém tem uma sugestão de um pra eu pegar e ler nas férias?

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

no copo d'água

1) você dá um presente pra uma pessoa, ela diz obrigada, diz que gostou, mas não usa;
2) você dá um presente pra uma pessoa, ela diz obrigada, diz que gostou, e usa;

São bem diferentes.

(só pra esclarecer, é um pouco metafórico. só um pouco.)

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Do fundo do meu fígado

Nos tempos das aulas de biologia do segundo grau, eu tinha uma professora que dizia que isso de delegar todas as emoções ao coração era uma piada, e que o pobre fígado, tadinho, era o injustiçado irreconhecido. Hoje eu concordo com ela. Concordo porque preciso de álibis pracomprovar a minha chatice. Ô, serzinho insuportável que eu estou. Comi demais sexta-feira, e estou passando mal até hoje. Isso. Tudo culpa do fígado, que está tentando dar conta de todas as coisas proibidas que eu comi e que o intestino desistiu de dar um jeito. Pronto, me safei dessa. É tudo por causa do meu exagero e da minha ambição. Porque eu quero ter tudo o que eu não posso ter, assim como quero comer tudo o que eu não posso comer. Quero ter todos os momentos, todas as coisas, todas as atenções, quero ter tudo. E o meu fígado não dá conta.


Ou, quem sabe, deva ser o final do semestre? Isso. O final do semestre é o culpado de tudo. O final do semestre está me dexando maluca. Não sou eu, imagina. Eu não tenho culpa de nada. Não tenho culpa por todas as bobagens que penso, nem por todas as besteiras que digo. Não tenho culpa de piorar tudo. Não tenho culpa de ver tudo pior do que é. Eu, nãaaaaao. Eu não faria isso.

...

A verdade é que eu estou regredindo. E eu sei que a culpa é minha, sim.

"I'm 13 again am I 13 for good?

...

I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind"

domingo, 23 de julho de 2006

Ao que transcende um montinho de bytes

E então, de novo ela se deparou com seus 11 anos. Não só com os 11, seus 11 anos de mudanças, mas também com seus 12, de resignação, seus 13, de luta consigo e aceitação de si própria, e seus 14, de convalescença de toda aquela guerra. Agora, depois de 9 anos, ela sentia o peso de ter que carregar pra sempre seus 11 anos nas costas. E torceu pra conseguir voltar aos 20 num segundo, pra espantar todo o preconceito dela com ela mesma, sem ter que passar por tudo novamente.
Olhando a coisa de fora, ela percebe como tudo aquilo não deveria fazer sentido, como deveria ser insignificante. Mas, no fundo, dói um pouquinho, dói pela possibilidade, pelo passado e pelo futuro, e dói também porque ela sabe que não vai sozinha conseguir que a dor passe.

domingo, 16 de julho de 2006

Depois de alguns dias tão cheios em que se tem tempo apenas de lembrar de sobreviver, é tão bom acordar com a luz fraquinha do dia amanhecendo e perceber que viver tem bem mais sentido ali, naqueles 2m³ ao meu redor, imensamente maiores que o mundo.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Dia Mundial do Saco Cheio

Queria deixar aqui registrada a minha manifestação pela criação do Dia Mundial do Saco Cheio. A idéia não é nova e já deve contar com diversos apoiadores pelo mundo... O Dia do Saco Cheio deveria ser um dia flexível, que pudesse ser "comemorado" toda vez que a pessoa estivesse com o saquinho tão pesado que as alças estivessem quase rasgando. E poderia ser repassado a outra pessoa, como um presente. Você teria o seu Dia do Saco Cheio, e se não estivesse com o saco tão cheio assim e pudesse suportar chegar seu próximo dia, podia dá-lo a alguém a quem você quisesse ajudar a aliviar o peso.
Por exemplo: eu já estou de saco cheio de todo dia acordar sonhando com a hora de ir dormir novamente, e estou de saco cheio também de me dar mal em quase tudo que eu faço. Estou de saco cheio de ouvir que os 4 que eu tiro nas provas são até uma notinha boa, e estou de saco cheio também de até respirar as matérias da faculdade. Ah, de vez em quando é legalzinho, mas não é todo dia que a gente acha graça em querer calcular a derivada da função da fila do RU, pra saber com que velocidade devemos sair do CTC e chegar ao RU pegando menos fila do que se estivéssemos andando normalmente. Além disso, tá, de vez em quando é divertido, mas nem sempre querer calcular a perturbação dos "furos" na fila e avaliar a capacidade do sistema em rejeitá-la é bom. Às vezes é bom falar de coisas, de pessoas, de projetos, de acontecimentos, pra variar um pouco. Equilíbrio é sempre bom, e o Dia do Saco Cheio ajudaria bastante as pessoas a se reequilibrarem novamente. Apesar de tudo isso, eu até que estou tentando conviver com as minhas "encheções de saco", e se hoje eu tivesse um Dia do Saco Cheio pra usar, eu o daria de presente!

terça-feira, 6 de junho de 2006

Rotina.
Que palavra pesada.

sábado, 20 de maio de 2006

Acho que quando eu fui feita esqueceram de botar na receita o gene que possibilita fazer curvas. Depois de duas aulas da auto-escola, meu instrutor me disse que estava ficando com medo de andar comigo. Episódio 1: curva pra esquerda, invadindo a pista contrária, voltando pra certa, e de novo na contramão, e depois na pista certa, até que o sistema se estabilizou, meio como uma senóide amortecida. Bleh. Episódio 2: curva pra direita, invasão da pista contrária de novo, e ao voltar pra pista certa, um quase atropelamento a um inocente poste que estava no meio do caminho. Bleh de novo.

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Essa semana minha vida foi longe, longe... atravessou a montanha, dobrou a esquina, pulou o "corguinho" (êee, Goiânia), deu três pulinhos, duas voltinhas e depois voltou pra onde estava. Ah, deixa, acho que eu nem queria explicar, só sei que acho que ela voltou melhor do que foi. Talvez tenha visto uns passarinhos por lá!

Fora isso, está tudo bem e tudo ótimo, só estou meio grilada porque gastei uns 300 pilas de exames pra descobrir que não tenho nada. Nada, NADA! Não que eu quisesse ter, não queria era ter que pagar tanto pra descobrir que tá tudo bem. Ah, malditos médicos, se o os do SUS cuidam da gente menos do que deveriam, os particulares cuidam demais!

domingo, 30 de abril de 2006

Há alguns dias tive um sonho no qual me reconciliava com uma amiga que se afastou de mim. Não é a primeira vez que tenho um sonho desse com ela, e isso me fez pensar se deveria procurá-la ou algo do tipo e, pensando no motivo de termos nos afastado, decidi que era melhor não. O que aconteceu pra que a gente se afastasse foi, na minha opinião, bobo demais pra justificar o afastamento, mas cada uma acabou ficando quieta no seu canto, com seus devidos motivos. Desde que vim para Florianópolis, era com ela que eu morava, e ela foi uma das primeiras amigas que fiz aqui. Um "belo" dia, quando nossas mães estavam em nossa casa para nos visitar, acabou surgindo um clima estranho (que às vezes surge quando as pessoas não têm muita em coisa em comum) entre a mãe dela e eu e minha mãe, que se transformou num clima insuportável uns dias depois. Eu já tinha conhecido a mãe dela e a tratei bem, e ela também a mim. Para mim era uma pessoa simpática e boa. Mas, nesse belo dia, ela cismou que eu a tratei mal (cismou mesmo, porque a minha atitude era a mesma) e o clima insuportável tomou conta. Até que um dia, fui conversar com a minha amiga, pois a situação estava me incomodando um monte (afinal, odeio ter atritos com as pessoas), e a mãe dela viu e já veio me atacando verbalmente. O que ela me disse e como ela se portou prefiro nem lembrar, pois foi tão horrível que nunca pensei que pudesse acontecer como foi, sem motivos suficientes. O que veio depois foi quase óbvio, tínhamos que nos separar. Saí bastante chateada dessa história, por ter tido uma discussão infundada com alguém, e por ter perdido uma amiga de quem eu gostava. A história foi difícil de engolir, mas tive que engolir, mesmo sem ter entendido por que tinha que ser daquela maneira. Hoje penso nela de vez em quando, racionalmente tentando me convencer de que não devo procurá-la, mas procurando mais motivos para afirmar isso. Hoje, ao receber um e-mail de uma outra amiga, talvez tenha encontrado a razão para que a amizade tenha evaporado tão rapidamente: não era amizade. Conheci essa minha outra amiga nos tempos do segundo grau, quando entrei em um colégio novo sem conhecer ninguém, e ela foi quem primeiro se aproximou de mim. Logo estávamos sabendo tudo uma da vida da outra, até que um dia também nos desentendemos, por motivos tão inexplicáveis como os da história acima, mas que foram tão sem importância que hoje nem me lembro bem. Ficamos um tempo sem nos falar até que fomos nos reaproximando, e tudo acabou sendo como antes. Com outra troca de colégio e depois com a faculdade e a mudança de cidade, nos afastamos mas de vez em quando nos falávamos, e sempre senti que mesmo não fazendo parte da vida dela todo dia como antes, ela ainda dava bastante importância ao que eu dizia e à minha amizade. Muita coisa aconteceu, ela já se casou e hoje mora em outra cidade, e nem sei quando poderei vê-la novamente, mas toda vez que trocamos um e-mail sequer, mesmo que não tenhamos nos falado há meses, é como se tivéssemos nos falado ontem, e hoje percebo que nossa amizade é muito mais forte do que eu pensava ser. Acho que é assim, as afinidades entre as pessoas são mais fortes do que qualquer problema que possa acontecer entre elas, e só os relacionamentos que nos acrescentam prevalecem. Seja por que motivo a história anterior aconteceu, talvez eu esteja começando a entender por que ela teve seu fim.

domingo, 23 de abril de 2006

Desde o começo do ano, tenho estado muito envolvida em coisas relacionadas a saúde... consulta, fazer tal exame, não poder comer isso, ter que esperar pra fazer aquele outro exame, continuar sem comer algumas coisas, ops, mais algo errado e outra consulta ao médico, tomar remédio, não resolver o problema, ter que enfrentar umas filas do SUS, encher o saco e resolver fazer Unimed, e por aí vai... E essa semana, por causa de mais uma conversa com outro médico (ou médica, na verdade), tive que lembrar a sequência de alguns acontecimentos e relatar para que a médica botasse na ficha. A conversa me deixou bem pensativa por alguns dias, e fiz algo como uma viagem por tudo o que eu era, deixei de ser ou ainda sou, desde a época em que eu me lembro de ter começado a pensar demais, lá pelos 11 anos, até hoje, lembrando de todas as vezes em que melhorei e piorei, não na saúde em si, mas na percepção das coisas. Começando do começo, me lembrei de quando deixei tristezas falarem alto e me levarem lá pra baixo, e de como demorou pra que eu percebesse que eu era a única responsável por subir novamente, e por quantas vezes esse processo se repetiu nesses quase 10 anos. Hoje, penso que, quando mais nova, consegui por muitas vezes mais maturidade para encarar as coisas do que hoje, e como olhar pra trás não necessariamente significa regredir. E é isso que estou tentando fazer... tentando aprender, com aquela Elisa que tinha uns 13, 14 ou 15 anos (não me lembro bem), alguns complexos e poucos amigos, a se valorizar diante dos outros, mandar pro espaço alguns esteriótipos e viver sem medo. O exterior é resultado do interior, e estou tentando me lembrar de como cheguei lá um dia.
Quando tenho certas fases muito filosóficas e introspectivas sinto vontade de botar umas coisas pra fora escrevendo. Acho que faz bem. Por isso, depois de algum tempo querendo voltar a escrever em blog, e relutando porque essas coisas de internet trazem mais dor de cabeça do que soluções, não resisti a uma noite meio à toa com vontade de organizar os pensamentos...