domingo, 23 de julho de 2006

Ao que transcende um montinho de bytes

E então, de novo ela se deparou com seus 11 anos. Não só com os 11, seus 11 anos de mudanças, mas também com seus 12, de resignação, seus 13, de luta consigo e aceitação de si própria, e seus 14, de convalescença de toda aquela guerra. Agora, depois de 9 anos, ela sentia o peso de ter que carregar pra sempre seus 11 anos nas costas. E torceu pra conseguir voltar aos 20 num segundo, pra espantar todo o preconceito dela com ela mesma, sem ter que passar por tudo novamente.
Olhando a coisa de fora, ela percebe como tudo aquilo não deveria fazer sentido, como deveria ser insignificante. Mas, no fundo, dói um pouquinho, dói pela possibilidade, pelo passado e pelo futuro, e dói também porque ela sabe que não vai sozinha conseguir que a dor passe.

domingo, 16 de julho de 2006

Depois de alguns dias tão cheios em que se tem tempo apenas de lembrar de sobreviver, é tão bom acordar com a luz fraquinha do dia amanhecendo e perceber que viver tem bem mais sentido ali, naqueles 2m³ ao meu redor, imensamente maiores que o mundo.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Dia Mundial do Saco Cheio

Queria deixar aqui registrada a minha manifestação pela criação do Dia Mundial do Saco Cheio. A idéia não é nova e já deve contar com diversos apoiadores pelo mundo... O Dia do Saco Cheio deveria ser um dia flexível, que pudesse ser "comemorado" toda vez que a pessoa estivesse com o saquinho tão pesado que as alças estivessem quase rasgando. E poderia ser repassado a outra pessoa, como um presente. Você teria o seu Dia do Saco Cheio, e se não estivesse com o saco tão cheio assim e pudesse suportar chegar seu próximo dia, podia dá-lo a alguém a quem você quisesse ajudar a aliviar o peso.
Por exemplo: eu já estou de saco cheio de todo dia acordar sonhando com a hora de ir dormir novamente, e estou de saco cheio também de me dar mal em quase tudo que eu faço. Estou de saco cheio de ouvir que os 4 que eu tiro nas provas são até uma notinha boa, e estou de saco cheio também de até respirar as matérias da faculdade. Ah, de vez em quando é legalzinho, mas não é todo dia que a gente acha graça em querer calcular a derivada da função da fila do RU, pra saber com que velocidade devemos sair do CTC e chegar ao RU pegando menos fila do que se estivéssemos andando normalmente. Além disso, tá, de vez em quando é divertido, mas nem sempre querer calcular a perturbação dos "furos" na fila e avaliar a capacidade do sistema em rejeitá-la é bom. Às vezes é bom falar de coisas, de pessoas, de projetos, de acontecimentos, pra variar um pouco. Equilíbrio é sempre bom, e o Dia do Saco Cheio ajudaria bastante as pessoas a se reequilibrarem novamente. Apesar de tudo isso, eu até que estou tentando conviver com as minhas "encheções de saco", e se hoje eu tivesse um Dia do Saco Cheio pra usar, eu o daria de presente!